terça-feira, 30 de outubro de 2012

Linguado com risoto de limão siciliano

Outro dia estava em casa, sem ter muito o que fazer, quando o telefone tocou e meu queridíssimo amigo, primo irmão perguntou o que eu ia fazer na hora do almoço. Havia programado um peixinho, mas a a preguiça de ir para cozinha sozinha me fez desisti do programa. Quando ele animou fazer um risoto de limão siciliano para acompanhar me empolguei e resolvi colocar a mão na massa. Mais uma amiga apareceu e nosso almoço, que foi quase um jantar, pois sentamos para comer quase às seis da tarde ficou divino, leve e extremamente saboroso. 
Para começar, peguei mini cebolas, um saquinho que vem umas 12 e mais uns 10 tomates italianos pequenos. As cebolas apenas descasquei e os tomates cortei em 4 partes. Uma pitada de sal e pimenta do reino em cima dos tomates. Forrei um tabuleiro com papel alumínio. Coloquei as cebolas e tomates nele e joguei bastante azeite em cima. Foram ao forno por 1 hora. Depois retirei o tabuleiro do forno e por cima das cebolas e tomates coloquei filés de linguado temperados também apenas com sal e pimenta do reino. Enquanto o linguado assava no forno, por aproximadamente 35 minutos, minha dupla dinâmica na cozinha preparou o risoto. Receita básica, com caldo de legumes. Eu gosto muito de fazer esse caldo com tabletes de knorr bouquet garni ou bouillon aux herbes et a i´huile d´olive. São franceses. Sempre que alguém vem de lá peço para trazer para mim. Mas se não encontrar, faça com caldo de legumes mesmo. Para fazer o risoto aqueça 1 colher (das de sopa) de azeite em uma panela e doure 1 cebola picada bem miúda. Se for de seu gosto, adicione também 1 dente de alho também bem picadinho. Enquanto vai fazendo isso, deixe no fogo uma panela cheia de água com dois tabletes do clado de legumes. Adicione o arroz especial para risoto (Arbório, Carnaroli ou o Vailone Nano) à panela com cebola e o alho e misture bem (a medida é 1 xícara das de café por pessoa, de arroz). Adicione 1 taça de vinho branco ou champagne e mexa bem. Quando estiver quase secando acrescente 1 concha do caldo de legumes. Mexa e aos poucos vá fazendo o mesmo procedimento. Até o arroz ficar no ponto demora cerca de 25 a 30 minutos. Tudo depende da panela e fogão. Alguns vão mais rápido. O arroz deve ficar macio, porém firme, al dente, e com aspecto de empapado. Para finalizar, jogue o suco de 2 limões sicilianos. Misture. Adicione por cima do arroz uma colher (das de sopa), bem generosa de manteiga e tampe a panela e apegue o fogo. Corte 5 aspargos frescos, descartando as pontas e leve em água fervente com sal por cerca de 3 minutos. Depois pique-os. Jogue-os por cima do risoto na hora de servir junto com o linguado, os tomates e a cebola que estará deliciosamente adocicada.
Bon appétit!

sábado, 27 de outubro de 2012

Mousse de chocolate com macadâmia


Mais uma das especialidades da minha mana que arrasa na cozinhae que eu amo é a mousse de chocolate. Receita da mãe de uma grande amiga, irmã de coração, e que faz sucesso todas as vezes que servimos a nossos convidados em casa.
Para começar esse néctar dos deuses, derrete-se em banho maria 200g chocolate meio amargo e 200g de manteiga sem sal.
Em liquidificador bata 9 gemas, 4 colheres (das de sopa) de açúcar e 1/2 xícara (das de chá) de rum.
Em batedeira bata 7 claras em neve com 4 colheres (das de sopa) de açúcar.
Em uma tigela grande junte o chocolate derretido com o que foi batido no liquidificador. Misture até ficar homogêneo. Por fim, adicione a clara em neve misturando com cuidado e leve à geladeira. Deixe firmar por pelo menos 4 horas. Salpique macadâmias picadinhas para decorar e cometa o pecado da gula com muito prazer!
Bon appétit!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Torta de maçã

Esta é mais uma das maravilhosas receitas de torta de maçã da nossa querida amiga alemã, Helga. A torta pode ser servida aberta ou já em pedaços, como ela ensinou. É fácil e não leva muito tempo.
Para começar, aqueça o forno a 250°C. Comece pela massa. Misture 300g de farinha de trigo, 200g de manteiga aquecida levemente no microondas (uns 40s acho que são suficientes), 6 colheres de sopa de água e 1 pitada de sal (cerca de 1 colher das de café rasa). Misture bastante até que a masse fique homogênea.
Para fazer o recheio corte 6 maçãs em pedaços finos com casca e misture 4 colheres (das de sopa) de açúcar e muita canela em pó.
Forre com a massa o fundo e a lateral de uma forma de abrir. (Ou um tabuleiro retangular médio). Sobre a massa espalhe 1/2 xícara (das de chá) de passas escuras e 1/2 xícara (das de chá) de nozes picadas. Arrume as maçãs por cima e salpique flocos de manteiga (pedaços pequeninos de manteiga). Leve ao forno pré aquecido em 250°, por aproximadamente 40 minutos. Quando as maçãs e a massa estiverem coradas é porque está bom. O aroma dessa torta pela casa é inebriante! Antes de servir peneire um pouco de açúcar de confeiteiro em cima das maçãs. Corte quadradinhos e sirva com chantily. Depois é só aguardar os elogios!
Bon appétit!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Paella

Hoje estou trazendo aqui para vocês a paella, o prato mais famoso e tradicional da culinária espanhola. Sofisticado por sua apresentação e de ponto delicado. Existem três tipos de paella: a Valenciana, que na verdade é a original e, ao contrário do que muitos pensam, não leva peixes nem frutos do mar. É feita com frango, coelho, às vezes escargots, e muitas verduras como alcachofras, ervilhas, vagens, tomates, pimentões, azeite extra-virgem de oliva e açafrão. A Marinera, nossa conhecida Paella de frutos do mar, desenvolvida mais tarde pelos espanhóis, elaborada com camarões, lulas, mexilhões, vongoles sempre com açafrão e azeite de oliva. E a Paella mista, muito popular na Costa Brava (Catalunha) e se faz com frango, porco, lulas, camarões, vongoles, mexilhões, ervilhas ou vagens, pimentões com azeite de oliva e açafrão. Além desses 3 tipos básicos, toda região e todo cozinheiro tem sua própria receita de acordo com os produtos disponíveis no local. Aqui trago a vocês a que costumamos fazer em nossa casa e que a minha irmã brilhantemente preparou no último domingo. Ela leva basicamente mexilhão, polvo, lula, camarões médios e grandes, salmão, lagostins, cebola roxa, alho, pimentão amarelo e vermelho, ervilhas, arroz parboilizado e açafrão.
Para começar, limpe muito bem os frutos do mar, que devem ser comprados nas seguintes quantidades: 500g de mexilhão limpo e na concha, 500g de polvo limpo em pedaços, 500g de lula limpa cortada em anéis, 500g de camarões médios limpos, 500g de camarões grandes inteiros, 500g de filé de salmão, 10 lagostins. Pique 1 cebola roxa, 1 pimentão vermelho e 1 amarelo em tiras.
Em 1 panela grande cozinhe o mexilhão em água fervente até as conchas se abrirem. Descarte as fechadas. Escorra e reserve o caldo. Em uma paellera ou frigideira bem grande, aqueça o 1/2 xícara (das de chá) de azeite em fogo médio e refogue 1 cebola roxa e 3 dentes de alho amassados por 3 minutos. Adicione o pimentão picadinho.Vá colocando o que já refogou nos cantos da panela. Como na foto. 
Cozinhe o polvo até que ele amoleça. Refogue a lula e reserve no topo da panela. Coloque 4 xícaras (das de chá) de arroz parboilizado e frite por 2 minutos. Acrescente a água que cozinhou o polvo. Misture 1 colher (das de sopa) de açafrão em pó ou um pacote de tempero Paelleiro e 1 colher (das de sopa) rasa de sal. Em uma frigideira separada, refogue os camarões pequenos e acrescente a paelheira. Ferva água numa panela grande e coloque os lagostins por 3 a 5 minutos até ficar coradinho. Refogue os camarões grandes quando o arroz ja estiver pronto. Acrescente as ervilhas (dessas congeladas, que deve antes ser refogada em água fervente por 1 minuto).
Para enfeitar: coloque as tiras de pimentão, lagostins, aspargos frescos que devem ser refogados por 2 minutos em água fervente e os camaroes grandes. Salsa picada para finalizar. De dar água na boca!
A Fernanda arrasa todas as vezes que prepara essa paella. O sucesso é garantido! Para quem quiser, ela ainda deixa ao lado flor de sal e azeite, pois muitas pessoas adoram dar uma complementada no prato. É divino! Para quem quiser experimentar, vale seguir essa receita. Pois não é tão complicada.
Bon appétit!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lombo ao barbecue

Vocês se lembram daquela costela ao barbecue que fiz tempos atrás? Pois eu resolvi usar a mesma idéia para assar um lombo esses dias. Confesso que ele ficou melhor que todos os outros que já fiz. Ficou rosado, molhadinho e muito macio. Comprei uma peça pequenina, tirei da embalagem, conferi se estava devidamente limpo e lambuzei-o com molho barbecue (daquele comprado pronto, mesmo!) por todos os lados. Levei ao forno médio, previamente aquecido por 20 minutos. Abri o forno, joguei um pouquinho de água no tabuleiro e deixei por mais 20 minutos. Ele saiu exatamente como está na foto. Ficou muito bom. E o melhor de tudo foi a simplicidade e tempo mínimo para preparação. Servi com salada de alface americana e tomate cereja. Para temperar a salada, somente azeite e flor de sal. Comidinha perfeita para aqueles que não querem ficar muito tempo na cozinha. Também sugiro para aqueles menos lights fazer uma bela farofa com ovo, arroz, feijão e abacaxi assado ou passado na manteiga na frigideira. Dá um almoço e tanto! Bon appétit!

domingo, 14 de outubro de 2012

1 ano de Blog!

Parece que foi semana passada que parei um belo dia na frente do computador e resolvi começar "blogar". Foram 202 posts no decorrer deste ano. Trouxe receitas, dicas de vinhos, filmes, viagens, eventos gastronômicos, datas comemorativas relacionadas a algum item da nossa culinária e fotos que gostei de fazer e quis compartilhar com vocês.
No início não sabia o que seria. Mas hoje digo com muita alegria e orgulho que tenho cerca de 150 acessos diários e quase 44 mil acessos desde o "nascimento" dessa idéia.
Para comemorar o dia das crianças e o primeiro ano desse blog, que não deixa de ser ainda um bebê, trouxe mais uma experiência de bolo.
É uma dessas misturas de bolo prontas que adicionamos apenas ovos e leite, mas que, se tomarmos o cuidado de seguir à risca os tempo e temperatura de forno, ele fica perfeito!
Escolhi desta vez o Vilma sabor "festa" (390g). Como iria fazer um piquenique para os pimpolhos da família, aproveitei para adocicar um pouquinho com calda de açúcar e decorar com mini estrelas bem coloridas (esses confeitos que usamos para decorar doces de mini-bolos).
Ficou lindo e gostoso. E os garotos saíram daqui com as boquinhas lambuzadas e bastante cheias de corantes também! 
Para quem tiver pressa para bater um bolo e quiser agradar a criançada vale seguir a dica!
Basta ligar o forno baixo (180°C). Misture o conteúdo do pacote com 2 ovos e 150ml de leite (3/4 de xícara das de chá). Bata por 7 minutos na batedeira em velocidade máxima (ou até ficar bastante homogênea). Unte uma forma de bolo com manteiga e jogue um pouco de farinha para o bolo não grudar. Jogue a massa batida na forma e leve ao forno que deve estar, pelo menos, há 10 minutos ligado. Aguarde 30 minutos para poder abrir o forno. Confira com um palito, com um furo no bolo. Se estiver sequinho, pode retirar. Caso não, deixe por mais 5 minutos e faça novamente a mesma conferência. O tempo máximo de forno da embalagem é 45 minutos! Enquanto seu bolo esfria (pois não é muito aconselhável desenformar muito quente) faça uma calda de açúcar. Jogue em uma panela 1 xícara de açúcar refinado ou de confeiteiro (glaçúcar) e 1/2 xícara de água. Misture em fogo brando por 10 minutos. Desenforme o bolo e jogue essa calda por cima. Ela fica quase transparente. Mas é muito boa para deixar o bolo bem molhadinho. Para finalizar, jogue confeitos (estrelinhas, bolinhas, confetes, ou seja lá o que encontrar e que achar que ficará legal). 
Depois é só servir para a criançada! Acompanhar com sorvete também é uma boa pedida!
Muitas felicidades a todas as crianças lindas que adoro demais, especialmente os pequerruchos da minha família! E que nosso blog continue, com boas dicas minhas, e de nossos parceiros!
Boa semana a todos e bon appétit!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Aulas de culinária e roteiro gastronômico em Paris

Aproveitando a fase "Paris" vou deixar aqui, para aqueles que se sentiram atiçados com últimos posts, uma otima opção de roteiro gastronômico em Paris.

A culinária francesa é caracterizada por sua extrema diversidade. Considerada a mais elegante e refinada do mundo é bastante conhecida por seus estilos clássico e provençal. Muitos dos maiores chefs do mundo são mestres da cozinha francesa. As técnicas utilizadas exercem grande influência em quase toda a culinária ocidental, e quase todas as escolas de gastronomia usam a comida francesa como base para todas as outras cozinhas ocidentais.  
Tradicionalmente cada região da França tem a sua culinária específica: A região noroeste da França é famosa pelo uso de manteiga, creme (crème fraiche) e maçãs. O sudeste já traz como características principais dos pratos o óleo de oliva, ervas e tomates. A cCulinária do sudoeste da França usa gordura de pato, foie gras, cogumelos (cèpes) e moela de ave. A a cozinha do nordeste usa banha de porco, salsinha, cerveja e chucrute, por influência da comida alemã. Além dessas quatro áreas gerais, há muitas culinárias locais, como a do Vale Loire e a comida Basca.
Nos restaurantes também é possível ver certa divisão da culinária francesa. A chamada Cuisine bourgeoise inclui todos os pratos franceses clássicos que não são especificamente regionais e foram adaptados durante os anos para o paladar das classes mais afluentes. Esse tipo de comida inclui técnicas de cozinhar ricas e complexas, baseadas em molhos, que muita gente associa à culinária francesa. Uma vez que esse tipo de prato é o que geralmente é servido no exterior com o nome de "culinária francesa", muitos erroneamente pensam que a comida francesa típica envolve técnicas complexas e pratos ricos. Na verdade, tais pratos são geralmente reservados para ocasiões especiais, enquanto as refeições típicas são mais simples. A Cuisine du terroir engloba especialidades regionais com um forte foco na qualidade do produto local e tradição camponesa. Muitos pratos que entram nessa categoria não se enquadram no estereótipo da "comida francesa", uma vez que muitas vezes não são tão elaborados. A Cuisine nouvelle ou nouvelle cuisine, foi desenvolvida nos anos 70 como uma reação à culinária tradicional. Esse tipo de cozinha é caracterizada por tempos de preparo menores, molhos mais leves e porções menores apresentadas de forma refinada e decorativa.

A Speed System propõe 6 dias para quem quer conhecer um pouco esse lado da culinária francesa e também apreciar a maravilhosa cidade luz.


Dia 1 – Paris
Chegada em Paris. Transfer para hotel. Check in. 
Dia livre.


Dia 2 – Paris
Após café da manhã, saída para aula de culinária.
Nesta aula, o estudante acompanha o chef ao mercado para conhecer melhor e comprar os ingredientes para a aula. De volta ao atelier, instalado em um típico jardim parisiense, inicia-se a aula de 3 pratos – de 09:30h as 13:30h.
Tarde livre.
Jantar na Torre Eiffel.
Dia 3 – Paris
Após café da manhã, saída para aula de culinária.
Esta aula será para os clássicos franceses. As aulas podem ser de 2, 3 ou 4 horas, de acordo com a preferência dos alunos. Após a aula, todos degustam seu menu acompanhado de um bom vinho francês. Tarde livre.
Dia 4 – Paris
Após café da manhã, saída para aula de culinária típica francesa, com elaboração de um prato principal + uma sobremesa. O chef irá compartilhar técnicas e dicas importantes que ajudam a elaborar melhor seu cardápio.
Tempo livre.


Dia 5 – Paris
Após café da manhã, saída para city tour panorâmico + passeio de barco pelo Rio Sena.
Na parte da tarde, degustação de vinho no Museu do Vinho, próximo a Torre Eiffel, em adega do século 14th.


Dia 6 – Paris
Café da manhã.
Dia livre. Sugerimos passeio ao Museu do Louvre ou excursão ao Palácio de Versailles.
Opcional: Para que é fanático pelos deliciosos macarons: aprenda a fazer seus próprios macarons. Nesta aula você aprenderá os segredos para criar esta famosa iguaria francesa.

Dia 7 – Paris / Belo Horizonte
Transfer para aeroporto em horário apropriado e embarque para o Brasil.
**Fim de nossos serviços **
O pacote inclui:
- Passagem aérea CNF / Paris / CNF | - Traslado aeroporto / hotel | - Hospedagem em categoria de hotel escolhida com café da manhã | - Aulas de culinária citadas na programação | - Jantar na Torre Eiffel | - City tour em Paris + degustação de vinhos e queijos no Museu do Vinho | - Traslado hotel / aeroporto | - Seguro Viagem | Observação: as aulas são oferecidas em ateliers (Atelier Bastille / Atelier Haussmann), ministradas em inglês.

Informações e reservas: Renata Azevedo 
Telefone: (31) 3298.1000 - Celular: (31) 9958.0628
R. Marília de Dirceu 173 - Lourdes. Belo Horizonte / MG 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Dicas gastronômicas de Paris II

Dando continuidade às dicas de restaurantes em Paris e outras gostosuras, vou começar escrevendo sobre algumas coisas que experimentei e que são tipicamente francesas. 


Tomar uma panachè (versão francesa da cerveja Radler, originária da região da Bavaria. Composta por cerveja e soda. Muito popular na Alemanha e Áustria, principalmente no verão devido a sua refrescância).
Um pouco doce para o meu paladar, mas vale tomar uma para experimentar. 
Omelete. Ninguém faz igual aos franceses. Definitivamente foi o melhor, maior, mais fofo e saboroso que já comi!
Ecler. Grandes e bastante recheadas. Deliciosas! Não experimentei, mas ainda farei para colocar aqui no blog o croc messier, uma espécie de misto quente gratinado com queijo gruyer ou emmental por cima. Deve ser tudo de bom!

Outro item que se vê em todas as esquinas é o macaron. Ladurée e Fauchon são os mais famosos. Mas o melhor de todos, sem dúvida alguma é o Pierre Hermé. Encantadores sabores e cores que derretem na boca e nos fazem ter verdadeiro momento de prazer!
Mas voltando aos restaurantes, tem dois aqui para indicar que são fantásticos! O primeiro é o Brasserie Wepler (14 Place de Clichy 75018 Paris), que até repetimos. Um dia fomos almoçar e no outro jantar. Também famoso pelas grandes ostras, é um restaurante que apesar da especialidade em frutos do mar tudo que tem no cardápio é perfeito.



Nessa foto acima vocês podem ver que além de servir as ostras como entrada, elas também ficam em uma banca, fora do restaurante, para que quiser comprar para comer em casa. Uma entrada escandalosamente saborosa que experimente foi o gaspachio de melão. Surreal. Uma sopa fria de melão com sorvete de frutas vermelhas no meio. O sabor é realmente divino! A sopa de cebola, com bastaaaante queijo, um aroma enlouquecedor. O magret de canard perfeito. Ele ainda vinha com um pedacinho de maça por cima, dando um toque adocicado maravilhoso. O creme brule, que ao invés do maçarico, é flambado na mesa. Um espetáculo gastronômico à parte...


As carnes lá são muito boas. O coelho estava no ponto exato e o tempero sem falhas. O doce de figo com sorvete, os ovos nevados e a mousse de chocolate branco com amêndoas também foram de tirar o chapéu. Ambiente agradável, garçons educados e atenciosos. Assim como o Le Train Bleu, o Wepler é um restaurante que tem que entrar na lista de quem estiver indo a Paris.

Uma maravilhosa descoberta foi o Sorza (51 Rue Saint-Louis en l'Île 75004 Paris). Passeando na Ilha de Saint-Louis nos deparamos com esse charmoso restaurante. Pequeno, com apenas 26 lugares, 1 atendente muito simpática e educada e um chef de cozinha prá lá de bom. Porque os pratos, além de muito bem apresentados, estavam deliciosos. Lá experimentamos uma salada simples com muçarela de búfala, tomates molho pesto, suflê de queijo (perfeito) e uma beringela também divina.


Os pratos principais foram risoto de queijo e de pesto e uma lasanha frita. Todos estavam perfeitos.


Saindo do Sorza e ainda caminhando pelas ruas da Ilha de Saint-Louis fomos saborear a nossa sobresa: sorvete  Berthillon. Eu tomei gianduia com lascas de laranja e o outro de café. Quem experimentou o de frutas vermelhas e de limão também amou! Imperdível!


Por fim, Versailles... Ah... Versailles... Lá fomos ao La Flotille. Um restaurante nos jardins do Palácio que é muito charmoso, com mesas debaixo das árvores e garçons simpáticos! Experimentei um crepe de presunto e queijo que estava gostoso, mas não foi a melhor comida da minha vida. Tinha que experimentar um crepe, afinal, faz parte da culinária francesa, é tradicional. Em compensação, a sobremesa foi excelente! Um sorvete de café, com calda de café e chantilly e a outra era com sorvete e morangos inteiros e também, bastante chantilly! 


Versailles foi, sem dúvida, a visita que mais amei nesta viagem. Os jardins são de uma gradiosidade, de uma beleza que me tirou o ar. Andar pelos vários caminhos e se perder em espécies de labirintos ao som de música clássica por todo o tempo foi incrível. Alugamos uma bicicleta e tentamos desbravar um pouco mais esse lugar que é gigantesco. Queria muito ter conhecido a casa de Maria Antonieta, mas era tão longe que não conseguimos chegar a tempo de retornar para ir embora, pois lá fecha às 18:30. Andar de bicicleta naquele lugar foi a melhor experiência que tive. Especialmente porque não sou das melhores com os pedais e isso trouxe momentos hilários que com certeza farão parte do diário de viagem... Para mim é difícil até de descrever, de tão maravilhoso. O palácio, que visitamos antes do passeio nos jardins também me comoveu muito, especialmente no salão dos espelhos. Cada detalhe insculpido nas paredes, as pinturas nos tetos, em todos os lugares. Uma verdadeira enxurrada de arte e beleza. Fiquei estupefata com tudo que vi. Quando cheguei em casa minha mãe perguntou: entendeu o por quê da revolução francesa? E eu respondi: entender, entendi, mas realmente ela não foi o ponto com o qual eu me preocupei naquele passeio. Eu concordo que a história mostra uma realidade de exageros, luxos, desigualdades absurdas. Mas confesso que quando entrei ali, quando caminhei pelos jardins, minha vontade era a de não voltar nunca mais...

Para quem for a Paris recomendo passar o dia inteiro em Versailles, alugar um carrinho elétrico e conhecer todos os cantos desse imenso e maravilhoso lugar.

Bom, as melhores dicas que selecionei para vocês sobre Paris são essas. Quem for, pode seguir as indicações sem medo, apreciar e aproveitar muito. Porque tudo lá é divino!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Dicas gastronômicas de Paris

Enfim, de volta das férias, com muitas dicas maravilhosas para vocês. Esta foi uma das melhores viagens que fiz. Muitos passeios, cultura, laser e gastronomia de primeiríssima qualidade!
Hoje vou deixar aqui algumas dicas de restaurantes maravilhosos que fomos em Paris. Como foram vários, farei em dois posts. Mas também quero aproveitar para indicar o blog Conexão Paris, que tem tudo que precisamos saber, especialmente quando se trata da primeira vez em Paris.

Para começar, Léon de Bruxelles. O prato principal do restaurante é Les Moules en Cocotte à la Marineière (parece um ensopado de mexilhões marinados). Dizem que é fantástico!

Nós pedimos Les Moules à la Plancha aux fruits de la mer e comemos até não dar mais conta, de tããão bom! Os pratos além de deliciosossão fartos. Os mexilhões são diferentes dos usados na culinária brasileira, pois são retirados em alto mar. O preço é razoável, mas o atendimento não é lá essas coisas. Não sabemos se o garçom que nos atendeu estava de mau-humor no dia... mas, fora isso, adoramos!
Tem em vários lugares de Paris. Clique aqui e confira os endereços. Se você gosta de comer mexilhões, não deixe de ir ao Léon de Bruxelles.

Outro restaurante ma-ra-vi-lho-so, tanto pela comida quanto pelo charme e elegância é o Brasserie Bonfinger (7, rue de la Bastille, Paris, França). Logo antes da entrada vieram aqueles pães deliciosos. Por cima do suporte que rodeava os pães vieram as ostras. Enoooorrrmes, suculentas, incríveis! 

Éramos quatro pessoas. Os pratos foram todos bem diferentes. Um Tartare de Boeuf Charolais, salade de jeunes pousses et pommes frites (o tartare de carne é bem tradicional da França e uma delícia! A receita já está no Blog).

Um Pavé de Saumon grillé, pommes Charlotte aux olives Taggiasche et pousses d’épinards (Filé de salmão grelhado, com purê, azeitonas e espinafre) - que foi o prato que pedi e estava muito bom, com exceção do purê que estava meio complexo e com sabor um tanto diferente do meu habitual. Mas no geral o conjunto estava perfeito! Um Dos de Cabillaud sauvage cuit à la plancha, bouquet de légumes de saison et toast de tartare de tomate à l’huile d’olive (bacalhau com legumes) e um Belle Sole meunière, grillée ou vapeur, pommes à l’anglaise(sous réserve d'arrivage) (Filé de linguado com batatas grelhadas). Todos saímos muito satisfeitos. Como os prato eram bem servidos e as ostras também nos deixaram bastante satisfeitos, encerramos neste dia apenas com café, sem sobremesa. 

No restaurante que fica no último andar da Pritemps também vale a pena dar uma paradinha, nem que seja para um café. O ambiente é agradável, embaixo da cúpula deslumbrante do edifício de lojas. Lá escolhi para comer uma carne bem parecida com a nossa carne de lata. Muito boa, porção bem generosa para quem está com fome. Aliás, não teve um restaurante em Paris que serviu mini porções como a gente escuta falar por aí. Todos os pratos vinham com comida suficiente ou até além do necessário. Acho que essa história de pratos de comida francesa serem com pouco comida já ficou no passado...  Bom, mas para fechar, na Brasserie Printemps finalizamos com um autêntico creme brulee. Divino!

Chez Janou, um bistrô que fica no Marais, um dos bairros mais caros e simpáticos de Paris (2 Rue Roger Verlomme 75003 Paris). Andar por ali aos sábados é uma delícia. Esse restaurante foi indicação de um amigo muito bem vinda! A especialidade deles é o Magret de canard au romarin. Mas tive o prazer de também saborear uma entrada que era uma salada de foi gras maravilhosa. Outra entrada que também agradou bastante foi a Salade d'écrevisses, avocat, pamplemousse, o que vem a ser uma salada de uma pequena lagosta de rio (um prato super sofisticado em termos de culinária francesa.) com abacate e grapefruit. Uma mistura bastante inusitada e que fez muito sucesso. Para a sobremesa um prato enoooorme de mousse au chocolat. Uma para quatro pessoas era mais do que suficiente! E ela estava de comer rezando, como diz minha mãe.

Le Train Bleu. Um restaurante simplesmente maravilhoso que fica na Estação de Lyon (Gare de Lyon Place Louis Armand, Paris). O lugar é lindo e a comida indescritível, de tão boa! Lá vi como se faz o tartare de bouef que foi servido com batatas fritas e salada (no cardápio: Tartare de bœuf de race Charolaise préparé selon votre goût,  traditionnel ou juste poêlé, pommes frites et salade mesclun). O garçom o prepara na mesa. É fantástica a habilidade no manuseio dos garfos para misturar os ingredientes e a demonstração de simplicidade na elaboração do prato. Foi neste restaurante que comi o melhor mil folhas da minha vida! Também foram escolhidos os pratos Gigot d’agneau rôti, gratin de pommes de terre à la fourme d’Ambert (perna de cordeiro assada com batatas gratinadas) e Cœur de filet de bœuf grillé, sauce béarnaise, pomme Anna, mini courgette plancha (Coração de filé mignon grelhado, molho béarnaise, maçã e mini abobrinha grelhada). Outra sobremesa pedida e muito elogiada foi a pêra com calda de chocolate derramada na sua frente. Uma cena de dar água na boca! Para ir a este restaurante é preciso fazer reserva e cumprir rigorosamente o horário da chegada. Vale muito a pena, pois é divino!

domingo, 7 de outubro de 2012

Tartare de Bouef

De volta das férias, minha ansiedade em trazer todas as novidades de Paris para vocês me atropela com tantas informações.
Antes de postar as dicas dos melhores restaurantes que fui, começarei trazendo a receita de um prato que inicialmente vi com preconceito, mas que saboreei como um verdadeiro néctar dos deuses.
O tartare de bouef é uma mistura de carne crua com mostarda, gema, alcaparras, molho inglês, tabasco, cebola e salsinha.
No restaurante Le Train Bleu, muito tradicional em Paris (falarei mais dele no outro post), o graçom prepara o tartare na nossa frente. Eu, então, não poderia deixar passar essa excelente oportunidade. Filmei tudo e fiz o vídeo abaixo para vocês poderem aprender um pouquinho sobre como fazer essa receita de um modo legitimamente francês.
Há quem diga que a origem dessa receita não é francesa. Mas como ela se integrou há muito no cardápio tradicional dessa cozinha, acredita-se que os especialistas no assunto são mesmo os franceses.
Abaixo posto o vídeo e a receita. Quem quiser ver em tela maior, basta entrar no Youtube, ok!


O principal segredo desse parto é a qualidade da carne. Ela deve ser fresca! Pode ser miolo de alcatra ou filé mignon. Para 1 pessoa comece retirando os nervos de 200g de carne e picando-a finamente com a faca (eu prefiro passar no processador). Você pode também comprá-la já moída (somente uma passagem no moedor). Em uma tigela misture 1 gema e 1 colher (das de chá) de mostarda Dijon. Adicione 1 fio de azeite (cerca de 1 colher também das de chá), adicione 1 colher (das de chá) de molho inglês. Misture. Depois 1 colher (das de chá) de tabasco e continue misturando. Acrescente 1 colher rasa (das de sopa) de cebola picada bem miúda, 1 colher rasa (das de sopa) de alcaparras. Nesse restaurante eles colocam também um pouquinho de pepino em conserva (cercar de 1 colher das de chá) e salsinha picada (também 1 colher das de chá). Agora acresça a carne e misture bastante para o tempero incorporar bem. Finalize com salsinha picada e sirva com batatas fritas e uma salada de folhas verdes.
Há também uma outra versão que deixa a gema por cima da carne ao invés de misturá-la. Mas essa eu não provei...
Aproveitem e façam, pois é maravilhoso!
Bon Appétit!