segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Talharim de espinafre com molho de filet e funghi

Véspera de feriado é dia de... cozinha!
Brincar na beira do fogão tomando um bom vinho e de preferência com agradáveis companhias.
E sendo assim, escolhi uma receita muito saborosa.
Então vamos combinar o seguinte: assim que pisar o pé em casa, separe uma vasilha e encha-a de água. Jogue uma bandeja de funghi secci lá dentro e esqueça! Pode ir tomar seu banho, se perfumar e  arrumar para receber os convidados.
Eu costumo comprar o funghi chileno e adoro vê-lo, após algumas horas todo inchado (duas já são suficientes).
Pois sim. É dessa forma que ele se apresenta depois de ficar de molho na água, gordinho e com aspecto de pedaço de carne. Estando já bem hidratado, lave-o bastante em água corrente pois uma das características desses cogumelos é a quantidade de terra que vem grudada neles. Então lave bem! A água sairá marrom. Normal! Depois você irá mergulha-lho novamente, só que desta vez, no vinho tinto.
Encha a panela de macarrão de água e já deixe lá para ir fervendo. Adicione um fio de azeite e uma colher (das de chá) de sal, mas dependendo da panela, pode ser uma colher rasa das de sopa. A minha panela é grande demora muito. Então já adianto o processo quando começo a cozinhar. Facilita bem a dinâmica das coisas.
Esvazie aquela vasilha de água que estava o funghi e encha-a com a medida de dois copos de vinho. Devolva os cogumelos para lá. Pique uma cebola branca e uma roxa (eu adoro a roxa! mas se preferirem, podem ficar apenas com a branca mesmo. Reserve a cebola.
Agora pique o filet mignon em tiras não muito finas (um pouco maiores que a picamos para o strogonofe).
Em uma frigideira, frite a cebola na manteiga ou no azeite, o que for de sua preferência (eu acho a manteiga mais saborosa, mas ela é mais calórica, também!).
Junte a essa cebola o filet e uns cinco minutos depois o funghi (sem o vinho!). Tempere com sal e pimenta do reino branca (a tal pitada, para mim, é o mesmo que uma colher das de café). Nesse caso, eu sugiro um pouco mais que uma pitada de sal, mas apenas uma de pimenta! (fogo médio).
Mais uns cinco a sete minutos, mexendo para não queimar. Abaixe o fogo.

Sabe aquela água do macarrão que a essa altura já deve estar fervendo? Hora que colocar a massa para cozinhar! Eu usei dessa vez uma massa caseira na marca Rigotto que fica pronta em 3 minutos. Comprei o talharim de espinafre. É perfeito! Delicioso! Além de ficar lindo no prato!

Bom... mas voltando ao fogão...
A massa foi cozinhar e agora você irá juntar à mistura de filet e funghi uma lata de creme de leite (atenção: eu escrevi lata! o creme de leite de caixinha é muito ralo, o da lata é mais consistente e melhor para dar sabor ao prato). Misture o creme de leite até homogeneizar ao restante dos ingredientes.
Voilá! Seu molho está pronto. E a nesse momento sua massa também já deve estar no ponto para escorrer a água que sairá lindamente verde.
Agora é montar o prato. Basta servir um pouco de massa no meio e o molho de filet com funghi em cima. Se quiser, pode ralar um parmesão por cima que também fica bastante saboroso.
Para acompanhar esse prato maravilhoso, sugiro um vinho tinto que adoro e que aprendi com um amigo argentino muito querido. Finca La Linda, da Bodega Luigi Bosca, dos Vinhedos Finca "Don Leoncio", Barrancas, Mendoza. Comercialmente, é descrito como vinho de cor vermelha grená com tintas negruscas. Sentem-se aromas a blackberries, pimenta negra e amora. Na boca é persistente, intenso, temperado, de taninos jovens resultados de seus 3 meses de envelhecimento em carvalho francês e americano. Eu realmente gosto muito dele. E sugiro de olhos fechados!
Bon apetit!



Salada de manjericão gelado

Segunda-feira é o dia mundial da dieta!
Todos começam!
Então resolvi postar uma salada. Tudo bem que ela não é assim muito indicada para dietas... mas...
É uma salada MA-RA-VI-LHO-SA!
E o melhor! Surpreende os convidados, tanto pela beleza quanto pelo sabor.
Basta rasgar folhas de alface crespa, roxa, americana e rúcula. Tempere com azeite e aceto balsâmico.
Coloque por cima uma bola de sorvete de manjericão. Já experimentei também com sorvete de limão e garanto que fica delicioso!
A mistura do sal da salada com leve adocicado e gelado do sorvete prometem uma explosão de sabor.
Para dias ou noites quentes é perfeita!
Surpreenda! Não é preciso saber cozinhar para apresentar delícias!
Bon apetit!

domingo, 30 de outubro de 2011

Pesticos leves

Um dos maiores equívocos que cometemos, na minha opinião, é servir diversos petiscos aos nossos convidados antes das refeições.
O que chamamos couvert, servido nos restaurantes (pão, pastas, azeitonas, queijos, etc) têm a função de tomar o tempo do cliente enquanto faz sua escolha no cardápio e espera a preparação do prato.
Em casa, costumamos servir muitos petiscos antes do preparo das refeições e gastamos tempo com longos bate-papos e muitas garrafas de vinho. 
Em minha casa isso acontece muito. 
E aí vem o problema. Na hora de servir não há mais fome ou vontade de comer o tão esperado prato. 
Assim, o trabalho todo perde um pouco o valor e nossos convidados degustam a comida que fizemos com um menos apreciação do que se estivessem com mais apetite.
Desta vez, ao receber duas amigas, Liliana e Talita, na última sexta-feira em minha casa, pensei bem nisso e resolvi fazer petiscos leves e em menor quantidade. E a experiência foi ótima!

O primeiro deles, que fiz rapidamente, foi baseado naquele queijo com chimichurri. Porém, eu usei o queijo tipo cottage, azeite e esse temperinho colorido. Virou uma pasta deliciosa que comemos com grissinis (palitos de pão).
Eu comprei um tipo que é integral e com sabores. Há as opções de ervas, queijos, tomate seco, mas qualquer um, até o original fica perfeito para servir de maneira informal e deixar os convidados bem à vontade para passar o pãozinho no patê antes de degustá-lo.

O segundo petisco foi o espetinho de tomate com manjericão e queijo.
É muito simples, não demanda tanto tempo e fica super charmoso quando servimos.
Corte o tomate cereja ao meio, pique pequenos pedaço de queijo (há quem prefira usar a mussarela de búfala, mas eu sou adepta ao queijo minas, pois considero-o mais salgado e saboroso) e separe folhas de manjericão.
Pegue palitos e vá montando os espetinhos com um lado do tomate, uma folhinha de manjericão, um pedaço de queijo, outra folhinha de manjericão e o segundo lado do tomatinho. Pronto! O espetinho está finalizado! Faça quantos considerar necessários. 
Sugiro um cálculo de cinco a sete espetinhos por pessoa.
Para montar o petisco, peguem um tomate grande ou, no meu caso que não tinha esse tomate, um limão, partam ao meio, e utilizem-no para fincar os espetinhos.
Usem creme de balsâmico para decorar o fundo do prato e apresentem essa delícia super leve de maneira bem charmosa. Aqui em casa foi um sucesso!
Para acompanhar esses petiscos, em um dia quente, nada melhor que um rosé geladinho. Esse aí que tomamos é um Bordeaux Rosé Chateau Tour Du Foussat 2008. Um vinho rosé frutado, com sabor bem equilibrado.  Pertence a categoria l'appellation Bordeaux controlee. Acompanha perfeitamente, também, embutidos, carnes brancas e é muito indicado para ser apreciado com aperitivos. Deve ser consumido de preferencia com a temperatura entre 10 e 12 graus.
Informações comerciais:
Produtor: Chateau Tour Du Foussat
País: França
Região: Bordeaux
Teor alcoólico: 12,5%
Preço médio R$36,00

Receber em casa é uma mistura de prazer e arte.
Devemos deixar nossos convidados à vontade e felizes por estar ali.
É assim que tento sempre agir com minhas visitas.
Cozinhando com carinho e recebendo todos com muito prazer.

Ótimo dia para vocês!

Inspiração culinária

Sábado quente.
Um telefonema extremamente inesperado.
Mariane - "Merão"- minha querida amiga de colégio - e esposa de outro grande amigo, Xande, mais conhecido como "Tili". Um convite para tomar um chopp.
Entrei no banho. Passei a camisa que se amarrota só de olhar e fui ao encontro desse casal que adoro!
O assunto principal, claro! Comida!
Uma tarde deliciosa, regada a muito chopp e petiscos.

Cheguei em casa e minha irmã, que mora dois andares acima do meu, me convidou para assistir novamente Julie & Julia. Um filme muito inspirador para o momento.
A cada cena me via um pouco. Uma alucinada pela culinária.
Que sonho a vida de Julia, ao ter a oportunidade de fazer o curso de "Le Cordon Bleu" em Paris e, acima de tudo, contar com apoio de um marido doce e extremamente incentivador. E Julie, ao resolver fazer um blog, por um ano, a partir das receitas de Julia, também com um marido que deu forças à mulher e segurou a onda de noites e mais noites de gastronomia, bom e mau humor. Receitas que deram certo e outras nem tanto.
Eu, com meu lado romântico incorrigível pensava: "como queria um homem desses para mim..."
E por outro lado... Cozinhar assim, que sonho.
Uma mistura de culinária com histórias de cumplicidade e amor...
Acho que definitivamente esse filme bem "água com açúcar" registra um pouco meus sonhos de vida.
E sem dúvida, também foi inspirador, depois dessa tarde deliciosa, para pensar em cozinhar para esses queridos amigos que adoro tanto!
Em minha casa já tenho várias inspirações. Desde criança via a Lourdes fazendo suas deliciosas guloseimas, a minha avó, cozinheira de mão cheia, meu pai, fazendo as típicas comidas do norte de Minas, minha mãe, sem dúvida uma das maiores inspirações e minha irmã, que arrasa com seus doces.
Em breve, espero trazer vários posts para vocês de algum almoço ou jantar feito para eles (amigos e familiares).
Por enquanto, fica a dica desse filme de 2009, com Meryl Streep e Amy Adms, de encher os olhos e abrir o apetite.

Um ótimo domingo a todos vocês!

sábado, 29 de outubro de 2011

Arroz Selvagem

Algumas pessoas encaminharam emails e pediram o modo de preparo do arroz selvagem.
Então resolvi postar aqui para todos.
Esses cereais têm textura crocante e um sabor amendoado. Quase sem gorduras e com elevado teor de fibras, proteínas, sais minerais e Vitamina B. Eu adoro! Confesso porém, que nunca lembro dele. Esses dias, folheando os cadernos de receitas da minha mãe encontrei a receita da vovó para fazer esse arroz. E foi aí que bateu a vontade de correr para cozinha e matar saudades da comida que ela fazia.
Ele é um pouquinho demorado. Mas vale a pena!
Faça o arroz branco normalmente, como de costume e reserve.
Lave o arroz selvagem.
Coloque em uma panela 1 xícara de arroz selvagem (das de chá) e 4 xícaras (também das de chá) de água.
Acrescente um tablete de caldo de galinha ou legumes (eu prefiro legumes).
Deixe cozinhando em fogo brando por 40 minutos. Destampe, mexa um pouco o arroz e deixe por mais cinco minutos.
Refogue em uma colher de manteiga (das de sopa) 1 cebola branca bem picadinha, ervas finas, sal, alho e pimenta rosa (opicional). Fica assim:
Misture ao arroz branco e sirva.
Pode-se utilizar forminhas para deixa-lo em formatos bonitos quando a intenção for apresentação em pratos individuais. Existem de vários tamanhos e formatos.
Vocês gastarão em torno de 50 a 60 minutos, no máximo, para deixar tudo pronto! Vale a pena porque é uma delícia e fica lindo!
Bon Apetit!
Adriana Lafetá

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vinho Sul Africano

Nederburg Manor House Syrah (África do Sul)


"Twittando"esses dias pedi à WineStore uma dica de vinho para o filet que postei aqui. 
Eles indicaram um vinho sul africano. Por coincidência, visitei em janeiro desse ano duas vinícolas na África do Sul: a Sidelberg e Spier.
Eu, que estou acostumada com os vinhos argentinos, chilenos e me tornando um pouco fã dos italianos de mesa, que são mais suaves, confesso que achei o vinho sul africano um pouco ácido.
Mas esse aí que foi indicado, foi o único que comprei para trazer da viagem. É um vinho muito bom. Vencedor de vários prêmios:
Nederburg Manor House Shiraz 2006
Michelangelo International Wine Awards - Golde medal
Nederburg Manor House Shiraz 2005
Syrah du Monde, France - Golde medal
Nederburg Manor House Shiraz 2005
The International Wine a& Spirit Competition 2007 - Trophy





Descrição comercial de vinho na tonalidade vermelho rubi, com aromas de frutas negras e especiarias (cravo e canela), seco (na minha opinião, muito seco!), corpo médio, acidez alta, taninos bem estruturados com retro-olfato de frutas e carvalho. 
Descrição Analítica: Álcool: 14,29 % vol Açúcar residual: 3,09 g/LAcidez total: 5,74 g/LpH: 3,52. Corpo: Médio. Maturação: MADEIRA. Temperatura de Serviço: 16°C 
Muito indicado para servir com cordeiro, aves, carnes vermelhas magras como filet mignon.
Nedergburg é a vinícola com maior número de prêmios tanto internacionais quanto nacionais na África do Sul e também ficou famosa por ter sido a responsável pelo vinho da Copa do Mundo da África do Sul 2010.
O preço médio desse vinho no Brasil é de R$62,00
Para aqueles que gostam de experimentar. Essa é uma boa dica!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pão de Queijo de Liquidificador

Se tem um salgado que mineiro não fica sem é o tal do pão de queijo.
Uma pena que hoje em dia não temos mais as nossas boas e velhas empregas que dormiam em casa e faziam parte da família. Na minha casa era a Lourdes. Uma cozinheira de mão cheia que ficou conosco durante 18 anos! Me viu nascer (foi embora outro dia... rsrs).
Ela tem uma receita que lembra demais a minha infância que é a do pão de queijo de liquidificador. 
Testei umas três fornadas aqui em casa até chegar ao ponto do pão de queijo da Lourdes. Claro! Imaginem a cena dela ditando a receita: "É mais ou menos assim: pega um punhado de polvilho doce, mais um bocado de queijo....." Ahhh! Como foi difícil pedi-la para dar as quantidades!

Mas eu finalmente consegui.
Ajeitei um pouco mais de sal aqui, mais queijo ali... e cheguei no ponto certo para poder apresentar a vocês um pão de queijo de dar água na boca.
Mas aviso desde já! É preciso ter forminhas (daquelas de empada) para poder fazer essa receita.
Vamos lá!
Joguei no liquidificador 1 1/2 copo de leite; 3 ovos; 1 copo de óleo; 1 colher (das de sobremesa) de fermento em pó, 1 colher (das de sopa) de sal. Bata essa mistura e vá adicionando aos poucos 3 copos de polvilho doce e 500g de queijo ralado. O resultado será um creme pastoso grosso e homogêneo.
Unte com óleo forminhas do tipo de empada para encher com o creme.
Pré-aqueça o forno por uns 10 minutos. Coloque as forminhas cheias em um tabuleiro e asse por aproximadamente 30 minutos. Confira se o pão de queijo cresceu e está douradinho. 
Aí é só tirar e servir !
Vai muito bem com um "cafezim", café com leite, capuccino e até com suco dependendo do calor do dia.
"Facim e bão dimais da conta, né"!?

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A primeira receita que aprendi

A primeira receita que aprendi quando tinha lá pelos 8 anos de idade foi a torta de limão.
Como apenas sabia essa receita e queria agradar minha mãe logo na hora do café da manhã, no dia das mães e no aniversário, acordava cedo para fazer a tal torta.
Definitivamente ser mãe é padecer no paraíso. A minha, que nem comia pela manhã, era obrigada a adoçar a boca logo cedo com torta em comemoração ao dia que seria especial para ela.
Para mim, a expressão do rosto dela ao dar a primeira garfada diria a importância do presente. E como toda mãe, sempre dizia que a minha torta estava maravilhosa, abria um sorriso e agradecia como se estivesse ganhando uma jóia de presente.
E foi com essa torta que eu comecei a brincar, desde criança, na cozinha.
Na última segunda-feira fiz, a pedido de minha mãe, essa torta para servir em um jantar que estava oferecendo a amigos. E não é que eu acertei na mão!
Então vai aí a receita para vocês também testarem. 
Para fazer a massa, misture 1 gema, 2 colheres (das de sopa) de manteiga, 2 colheres (das de sopa) de açúcar e mais 2 colheres (também das de sopa) de leite, mais uma pitada de sal (aproximadamente uma colherinha de café rasa), e 1 pitada de fermento em pó. Misture esses ingredientes e vá jogando farinha de trigo aos poucos até que a massa fique homogênea e não suje mais a vasilha que estiver utilizando. Ela vai ficar com uma textura que não grudará mais nos dedos.
Unte a forma. Abra a massa em uma forma dessas de desmontar e fure com um garfo. 
Coloque para assar por aproximadamente 15 a 20 minutos em forno médio. Quando a massa estiver "ensaiando" ficar corada, retire do forno e reserve.
Comece a fazer o recheio após retirar a massa do forno. Assim você fará tudo no tempo certo de esfriar um pouco para colocá-lo na forma.
Para fazer o recheio, misture uma lata de leite condensado com o suco de um limão grande ou de dois pequenos. Tem que misturar muito, de preferência com um garfo. Só pare quando estiver uma mistura mais dura que a textura do leite condensado. Se sua forma for profunda, fará o recheio com duas latas de leite condensado e o suco de dois limões grandes ou de quatro pequenos.

Bata três clara em neve para fazer o suspiro. Para cada clara, acrescente, aos poucos, na batedeira, duas colheres (das de sopa) de açúcar. O ponto de suspiro é aquele que fica bem firme, quando você levanta a batedeira e não escorre.
Vá fazendo bolas dessa clara em neve com a espátula e montando por cima do recheio que você já colocou na forma.
Com um garfo, puxe a clara com movimentos leves para cima até formar essas pequenas ondas.
Leve ao forno e deixe até ficar um suspiro dourado.
Essa é receita nível 2 (Informação para Ciça e Lu Solino - ainda não descobri como colocar as panelinhas).
Vocês podem usar a mesma receita da massa para fazer mini tortas, em formas pequenas (nesse caso, unte a forma com óleo). O resultado fica lindo! Aqui abaixo estou postando para vocês duas tortinhas que a Fernanda fez com sobras de massa enquanto eu fazia essa grande. Ela aproveitou um restinho de cada coisa e fez a de limão e outra com ganache de chocolate. Ficam super charmosas se quiserem impressionar em um jantar com mais cerimônia.
Viva la dolce vita!
Adriana Lafetá

Filet em 15 minutos?

Hoje resolvi postar uma das receitas que faço melhor. E há um motivo muito simples para que ela sempre fique boa. É muito fácil!
Muitas pessoas têm dificuldade de encontrar o ponto certo da carne, especialmente do filet, para que ele fique vermelhinho por dentro.
Mas essa que vou ensinar finaliza assim. Então vamos à receita:
Filet com sakê e shoyo
Escolha um filet de até 2kg. Eu costumo comprar o menor que tiver, geralmente de 1,5kg e já peço para limparem (tirar aquelas gordurinhas em excesso). Coloque em uma panela 2 xícaras (das de chá) de molho shoyo, 2 xícaras (das de chá) de sakê, 1 dente de alho picado e 1 colher (das de sopa) de gengibre ralado (dica: guarde o gengibre no congelador. Assim ficará bem mais fácil para ralar e não estragará). Deixe esse molho ferver para colocar o filet na panela, que ficará cozinhando durante 15 minutos. Vá virando a carne de 5 em 5 minutos. Passado o tempo de cozimento, retire o filet da panela e em um tábua, corte os pedaços com mais ou menos dois centímentos. Não é para ser um bife fino! Jogue um pote de iogurte natural no molho e misture bem até ele ficar homogêneo. Eu gosto muito de fazer essa mistura com o fouet. Acho que ele ajuda bem. Jogue esse molho por cima da carne e sirva com um acompanhamento a seu gosto. Nesse dia eu acompanhei com uma mistura de arroz branco e selvagem.
Quem diria!? Em aproximadamente 15 minutos você tem um filet maravilhoso para servir!
Experimentem! Tenho certeza que gostarão!
Bon apetit!

domingo, 23 de outubro de 2011

Chimichurri

Se há um tempero que gosto de ter no meu armário é o chimichurri! É um tempero argentino muito tradicional usado, principalmente para fazer churrasco.


A base dele é de salsinha, alho, cebola, tomilho, orégano, pimenta vermelha moída, pimentão, louro, pimenta do reino negra, mostarda em pó e salsão.
Para preparar carnes, os argentinos juntam a esses ingredientes, que já vendem misturados e secos, azeite e vinagre. Esse molho é tão versátil que pode ser usado para marinar a carne, até no máximo, duas horas antes de assar, para ir molhando a peça durante o churrasco ou apenas para servir por cima, quando a carne já estiver pronta. Fantástico! E temos que assumir: as carnes feitas pelos argentinos são deliciosas!
Há algumas variações na elaboração desse tempero. Alguns substituem a salsinha por coentro, outros acrescem alfavaca ou manjericão, pimenta calabresa ou páprica picante e no molho, muitas vezes o vinagre é substituído pelo suco de limão.
Uma curiosidade que encontrei na internet sobre a origem do nome do tempero: ela é controversa e ninguém sabe ao certo como, quando e onde surgiu. 
Segundo os colaboradores do Wikipédia, alguns indicam a origem do tempero em imigrantes ingleses ou prisioneiros decorrentes da invasão inglesa que deram início ao nome, dizendo "give me the curry" (dá-me o molho) ou ou adicionando o "tche" :"tche my curry" (tche meu molho). 
Cita-se ainda um comerciante inglês ou irlandês Jimmy Curry ou James C. ¡Hurra, que inventou o molho, e de seu nome deu surgiu a palavra. 
Outra versão é a que vem na palavra basca tximitxurri (mistura). 
E, por fim, uma última versão é a que o nome advém de fans da cantora Rita Pavone, que cantarolavam o hit "Dame um martelo" com repetitivos "Tchi-rú-Tchi-rá, Tchi-rú-Tchi-rá", prática que com o processo de gramaticalização resultou na aférese "chiruchira" e posteriormente em "chimichurri".

Mas... histórias à parte, eu gostaria de mostrar a vocês um outro petisco, e não carne, que adoro misturar ao chimichurri. Também serve como um "salva-vidas"para visitas surpresas.
Em toda casa de mineiro que se preze há um pedaço de queijo qualquer na geladeira! Queijo minas, mussarela, queijo do serro ou frescal. Sempre há um queijinho para comer à tarde tomando um cafezinho. Verdade?
Pois é. Em minha casa nunca falta! E quando chega uma visita inesperada, na falta do carpaccio, pico o queijo que estiver à frente e acresço chimichurri e azeite. Fica muito bom! Daqueles belisquetes que a gente se vergonha por não conseguir parar de comer (tipo pipoca!).
E vocês também podem fazer servindo em algum potinho bonito para dar valor ao petisco. Eu gosto de usar os de vidro, pois assim dá para visualizar bem o colorido do tempero.
Experimentem e me contem o que acharam!
Bon Apetit!
Adriana Lafetá

Promessa é dívida! Indicação do Bordeaux

No post Um brinde à música eu prometi indicar um bordeaux.
Ontem resolvi fazer algumas receitas para o blog. Minha irmã chegou aqui com minha prima, também Adriana Lafetá, também amante de uma boa culinária e vinhos.
Minha prima xará chega aqui com nada mais nada menos que um vinho CHÂTEAU MAURAC Médoc Cru Bourgeois 2007, cuja descrição comercial é a de um vinho com taninos suave, notas típicas de fruta madura e groselha, paladar equilibrado e persistente. O preço médio dele é R$60,00. 
Eu confesso que ainda não sei identificar tudo isso em um vinho. Mas posso dizer que esse aí é muito saboroso e caiu como uma luva para esse blog e para o prato que fiz no dia e que em breve terá um post dele aqui para vocês.
Santé!
Adriana Lafetá

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Culinária Canina?

Pessoal,
Eu não "bloguei" ainda duas vezes no mesmo dia. E isso não significa também que não passarei algum dia sem "blogar". Acho que vícios têm limite, né!?
Mas hoje eu entrei no twitter e vi um comentário da Roberta Sudbrack, uma chef que trabalhou na cozinha da Presidência da República do Brasil.
Aí me lembrei de um programa que vi com ela no GNT, no qual ela conta sobre o livro "Bom pra cachorro". Segundo Roberta, essa é "uma história de amor entre uma chefe seu melhor amigo; na vida, na estrada e na cozinha! Um dia, esse amigo adoeceu e recusou a comer. Como eu poderia, na minha profissão, aceitra isso de braços cruzados? Fiz exatamente o contrário; arregacei as mangas e meu jaleco, vesti o chapéu e o avental e pus a mão na massa! Criei, a partir de dicas da veterinária, receitas que estimulassem o seu apetite e, ao mesmo tempo, agregasse nutrientes para que ele pudesse agüentar a barra por mais algum tempo e ter forças para continuar a abanar aquele rabo inesquecível cada vez que fosse me receber à porta, chegando exausta do trabalho. O abanar de rabo de um cachorro é algo sublime, harmonioso, quase sagrado"...
Essa mulher simplesmente escreveu um livro de receitas para cães!!! Dá para acreditar nisso? Eu não tenho cães e, por enquanto, também pretendo não os ter, mas, convivo com várias apaixonadas por animais e sei o quanto essas criaturinhas são importantes e fazem diferença na vida das pessoas. Tanto é que vemos aqui a que ponto elas podem chegar. 
Ontem li um conto sobre cães que me emocionou e então vou citar um trechinho aqui para finalizar e desejar a todos um excelente final de semana!
Espero que gostem!
Abraços
Adriana Lafetá 
"As pessoas nascem para que possam aprender a ter uma boa vida - como amar todo mundo todo o tempo e ser bom, certo? Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto, portanto não precisam ficar por tanto tempo."

Um brinde à música!

O post de hoje vai substituir a receita por uma dica cultural.
Esse ano, em Belo Horizonte, consegui ir a vários bons expetáculos. Fui a ótimas peças de comédia, ballet moderno, clássico e hoje tive a grande oportunidade de conferir a Ópera La Bohéme de Giacomo Puccini, baseada na novela “Scènes de la Vie de Bohème”, de Henry Murgerque. A montagem estará em cartaz no Palácio das Artes até o dia 29 de outubro.
Foi a primeira vez que assisti a uma ópera e confesso que fiquei emocionada. Figurino, cenário, iluminação, tudo impecável!
Fiquei realmente maravilhada com o espetáculo e resolvi dividir essa experiência com vocês que vêm visitando diariamente a minha página.
La Bohème é conhecida como um tipo de “opera proletária”. Antes dela, as outras montagens baseavam-se em histórias da nobreza e da mitologia.
Em La Bohème as personagens são intelectuais proletários que não têm dinheiro para pagar o aluguel. Mas bebem, se divertem, amam…
No início do primeiro ato, um dos proletários intelectuais chega com pão, vinho e cigarros para alegrar aos demais companheiros que estão sem o dinheiro para pagar o aluguel.
A cena é muito interessante pois eles “enrolam” o cobrador do aluguel tomando um Bordeaux e conversando sobre histórias de mulher. O início da montagem é divertido.
Há, como na maioria das óperas, uma trágica história de amor. E eu, como uma romântica incorrigível, suspirei a cada “Io sono il poeta, è poesia” (Eu sou o poeta, ela é a poesia)…
Muitas pessoas não curtem ópera. Mas eu aqui digo a vocês que essa vale a pena assistir para, pelo menos, conhecer essa arte de tão magnífico talento.
Eu adoraria indicar um vinho Bordeaux a vocês para finalizar esse post. Mas pensem bem: a região de Bordéus é a segunda maior área de cultivo de uvas para produção de vinhos do mundo!
Difícil uma mera apreciadora fazer indicação sem um bom sommelier para ensinar um pouco.
Mas ficarei em dívida com vocês.
Farei uma boa pesquisa e na próxima receita indicarei um autêntico Bordeaux!
Um pouquinho de La Bohème para vocês


Boa sexta-feira e um excelente final de semana (especialmente se for cultural)!

Adriana Lafetá

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Petisco para visita surpresa!

Quem gosta de receber amigos em casa como eu deve sempre ter um petisco para salvar a fama ser um bom anfitrião.
Existem vários pestiscos que podemos ter na geladeira e no armário que não estragam e ajudam muito na hora de agradar uma visita surpresa.
Um dos que mais gosto é o carpaccio.
Basta comprar uma caixa, guardar no congelador e resgatá-la para uma medida de urgência!
O carpaccio pode ser servido da forma tradicional, com alcaparras, queijo parmesão, azeite e mostarda ou aquele molho próprio para carpaccios. Eu gosto muito dele.
Algumas pessoas dispensam as alcaparras, então você pode substituí-las por pequeninos pedaços de azeitonas azapa, por exemplo, ou simplesmente não utilizá-las.
É sempre bom ter pães para acompanhar . Você pode comprar aquelas torradinhas de caixas que também duram muito no armário ou aqueles pães italianos, que algumas padarias já vendem até fatiados, para guardar no congelador. Quando a visita chegar, bastam dez minutinhos no forno que eles ficam novinhos!
O resultado de um prato de carpaccio, cujo preparo não demora mais que 5 minutos é mais ou menos o da foto abaixo.
Porém… Caso você disponha de um pouquinho mais de tempo, pode brincar com esses finíssimos pedaços de largarto, filé, salmão ou adoque (sim! Existem carpaccios de vários tipos).
Os restaurantes hoje fazem um “rolls”de carpaccio que são muito interessantes e saborosos.
Esse é recheado de mussarela de búfala, rúcula e tomate seco. Como enfeito o chef utilizou alho porró frito. Ficou lindo e muito bom. Mas esse “cabelinho” frito é dificílimo!
Porém, como aqui queremos receitas fáceis, rápidas, práticas e gostosas, eu e minha irmã resolvemos arregaçar as mangas durante alguns minutinhos para fazer um passo a passo de um "roll" de carpaccio para vocês aprenderem.
Esse que fizemos levou o que tinha disponível na geladeira. Vocês podem criar também com o que tiverem aí. Usamos tomate seco, basílico (direto da mini horta em vasos que cada uma cultiva em casa. Esse em especial é da Fernanda, porque o meu ainda está crescendo!) e queijo minas.
Então vamos lá!
Retire o carpaccio do congelador e deixe um lado com a folha de plástico.
Acrescente o basílico
Depois o tomate seco picado em pequenos pedaços
Após, o queijo, também em pequenos pedaços.
Por ultimo, um pouco de molho de carpaccio ou mostarda.
Comece a enrolar utlizando a folha de plástico que está por baixo do carpaccio mas não a enrole junto com ele.
Guarde o rolinho por uns 15 minutos no congelador para que fique mais firme no momento de partir.
Decore com balsamico, queijo ralado e, se quiser, um fio de azeite.
Muito fácil. Além de lindo, ficou uma delícia! E eu espero ter contribuído para que a partir de agora vocês recebam suas visitas com muito sabor e charme.
Bon Apetit.
Adriana Lafetá

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Fotografia adocicada

Terça-feira a noite cheguei em casa correndo para pegar o restinho de boa luz para fotografar os canudinhos da Tru’Fer.
Negócios em família tem dessas coisas… Uma mão lava a outra e lá estava eu penando para conseguir um bom foco dos pequenos doces.
Confesso que essa sessão foi ainda mais difícil que aquela das trufas.
Equilibrar aqueles mini cones foi um suplício! Logo a luz foi-se embora e acertar com o flash ainda não foi possível. Apelei para a lanterna mais uma vez. E de led!
Resultado: fiquei horas e mais horas tentando acertar as fotos dos canudinhos e não consegui fazer a receita que pretendia para postar para vocês.
Então, já que o assunto mudou de rumo, resolvi escrever um pouco sobre esses doces deliciosos e com sabor de infância. Quem é mineiro sabe o sabor de um canudinho de doce de leite...
Lembro-me de quando era criança, com colher de café, enchendo os canudinhos para alguma festa de aniversário. Aliás, como participávamos dos preparativos dos nossos aniversários! Uma pena hoje em dias as mães e pais serem tão ocupados e não poderem sentar com os filhos para enrolar brigadeiros e cajuzinhos. Eu realmente amava essa farra! O chão sala acabava um grude só! Mas a sensação de ter sido a responsável pelas bolinhas dos doces era impagável.

Mas, voltando ao foco… A receita tradicional do canudinho é muito trabalhosa. Vi em alguns sites pessoas ensinando a massa assada, mas a original é frita! O recheio tradional é de doce de leite. Apesar de ter a base simples, feita com farinha de trigo, água, oleo e sal, o procedimento para abrir a massa e deixá-la muito fina a fim de ser enrolada não é para qualquer aventureiro na cozinha.
Hoje em dia usa-se tubinhos de alumínio que são envolvidos pela massa que será frita. Mas em um vídeo que encontrei no youtube, o Chico Doceiro, lá de Tiradentes (que aliás é parada certa toda vez que passo naquela terrinha), conta que frita a massa do canudinho no bambu. Acho sensacional a história dele. Um filho de doceiro que resolveu dar continuidade à profissão do pai quando precisou de dinheiro, aos 35 anos. Dali para cá, “Seu Chico“, como é chamado por aquelas bandas, não parou mais e é um dos doceiros mais conhecido dessas Minas Gerais… Vou deixar aqui o video, caso vocês queiram conhecer esse simpático senhor que faz maravilhas em seus tachos.

Mas como todos gostam de inovar na cozinha, o canudinho também não escapou desse caminho! Hoje os buffets fazem até aperitivos salgados com camarão e pastas variadas recheando os canudinhos. E vários deles são deliciosos!
Quanto aos doces, além do tradicional recheio de doce de leite e cobertura de açúcar, o brigadeiro e outras ganaches também estão sendo utilizadas para preencher os espaços dessas guloseimas. Além disso, como vocês podem ver nas fotos, os confeitos foram contemplados como itens essenciais para dar cor, vida e até elegância aos doces.  Independente do recheio, a ponta pode ser preenchida com cacau, imitando a trufa, com pistache, amêndoas, granulado e muitas outras variações.

O importante é ter criatividade e sabor!
Uma quarta-feira doce a todos vocês!
Adriana Lafetá

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cozinha para quem quiser

Receita super mega blaster fácil para hoje: Creme de aspargos na panhoca italiana.
Segunda-feira eu fui dormir muito feliz.
Conferi as estatísticas do blog e o número de visitas ultrapassava 600! 
E vejam que sensacional: visitantes que estão nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Moçambique, Suécia, Bélgica e Canadá! Sem contar imensa maioria que está no Brasil me trazendo motivos para acreditar que essa brincadeira vale mesmo a pena.
Recebi muitos emails e comentários no Facebook. Algumas pessoas achando a receita da salada difícil, outras dizendo que queriam cozinhar mas não sabem… Enfim, aproveitei a deixa para provar a todos que há uma grande possibilidade de se fazer um prato muito gostoso, extremamente fácil, rápido, prático e chique!
Acreditem! Não é mágica e nem o número do restaurante mais elegante com delivery.
A receita de hoje qualquer um faz.

Creme de aspargos na panhoca italiana
Compre panhocas grandes, caso queiram fazer desse o prato principal ou pequenas, se preferirem utilizar o creme como entrada. Corte uma tampinha da panhoca e retire grande parte do miolo de forma que permita enchê-la com quantidade suficiente de creme. Reserve. Sabe aquela sopa ou creme de aspargos em pó que vende no saquinho? Pois é ela que você utilizará. Modo de preparo: Dissolva o conteúdo do envelope em 1 litro de água fria. Mexa até a fervura. Deixe cozinhar por 5 minutos em fogo médio com a panela destampada. Depois dessa etapa você vai juntar uma lata de creme de leite à sopa. Mexa até ficar um creme homogêneo. Abra um vidro de aspargos em conserva. Eu costumo cortar as pontinhas mais escuras e jogá-las fora. O restante parta em dois pedaços ou três, dependendo do tamanho. Misture ao creme, mas não mexa muito para os aspargos ficarem inteiros. Há também um tipo que vende em conserva, mas que é mais próximo do aspargo fresco. Ele é verde. Gosto de utilizá-lo também, especialmente para trazer cor ao prato. Encha as panhocas e sirva! Juro! É só isso mesmo!

Para acompanhar vou indicar um dos meus vinhos favoritos.
Talenti Rosso Rispollo. Um vinho de mesa da vinícola italiana Montalcino, que fica na região da Toscana. Seco, porém suave, elaborado a partir de uma combinação das castas estrangeiras de origem bordolesa Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot, possui alto teor alcoólico – 14,50%, mas é, sem dúvida, um dos vinhos tinhos mais saborosos que já experimentei. Preço médio R$45,00.
Essa combinação de hoje é para mostrar a vocês que na cozinha podemos acertar sem precisar fazer muito esforço.
Claro que existe a receita do creme de aspargos tipicamente francês, que necessita de vários ingredientes, horas na cozinha e é de alto nível de dificuldade.
Mas para que complicar se podemos simplificar e aproveitar muito mais?
Boa terça-feira a todos!!!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Hoje temos receita! Salada de camarão e lula ao molho de coco com açafrão.

Quem perdeu a hora hoje?
Eu perdi! Amo horário de verão!Chegar em casa e conseguir ver o pôr do sol da minha varanda não tem preço! Mas acostumar com uma hora a menos de sono demora um pouquinho...
Oficialmente, no entanto, apesar do clima típico do mês de dezembro, ainda estamos na primavera. O verão, conforme o calendário das estações do ano, tem início no hemisfério sul do nosso planeta, apenas no dia 22 de dezembro! Mas as altas temperaturas já se adiantaram e vêm esquentando o nosso dia-a-dia.
E para não perder o prazer de sentar à mesa em razão do calor, nada melhor que uma bela salada!
Eu vou passar uma receita hoje para vocês que é do livro Saladas, o meu preferido sobre o tema. À primeira vista, achei estranha a combinação, mas depois que fiz, confesso que fiquei surpresa com a delícia! Então, mãos à obra! Ou melhor, à panela!
Camarão ao molho de coco com açafrão
Ingredientes
3/4 xícara (chá) de leite de coco
½ colher (chá) de açafrão em estigmas
2 colheres (sopa) de azeite de oliva extra-virgem
2 colheres (sopa) de caldo de limão
2 colheres (sopa) de maionese
2 colheres (sopa) de iogurte natural
1 colher (sopa) de vinagre de vinho branco
2 colheres (chá) de sal marinho
Ingredientes para a salada:
1 kg de camarão cru sem casca e limpo
2 xícaras (chá) de aipo cortado em fatias enviesadas finas
1/4 xícara (chá) de folhas de aipo picadas
1/2 xícara (chá) de cebola roxa cortada em tiras finas
1/4 de xícara (chá) de coentro picado

Modo de preparo
Em uma pequena panela, ferva o leite de coco com o açafrão em fogo brando por 3 minutos.
Desligue o fogo e deixe descansar 15 minutos na panela tampada.
Em uma bacia grande, misture os outros ingredientes do molho com um batedor manual e junte o leite de coco frio.
Em uma panela média, coloque 1 litro de água para ferver. Acrescente o camarão e cozinhe por 1 minuto, mexendo com uma colher de bambu. Retire com uma peneira, escorra bem a água e coloque diretamente no molho. Misture delicadamente e deixe esfriar.
Junte ao camarão os ingredientes da salada e mexa para envolvê-los bem. Deixe resfriar em vasilhame tampado na geladeira.

Variação: É possível substituir metade do peso do camarão por lula. A forma e o tempo de cozimento da lula são os mesmos do camarão. Limpe a lula e corte em quadrados, assim, quando ela estiver cozida, ficará enrolada.

Dica: pode ser conservado por dois dias na geladeira.

Como eu fiz a receita para uma amiga que tem certas restrições a alguns ingredientes, troquei: o aipo por alho porró, o coentro por cebolinha e o açafrão em estigmas por aquele mais baratinho que encontramos em pó no supermercado e é mais acessível a todos (o em estigmas é bem caro! Mas faz toda diferença!).
Segui a dica do livro e acresci lula ao camarão.
Muita atenção para fazer a lula e o camarão, se ficar mais de 3 minutos cozinhando, vira uma borracha!!!
E para acompanhar? 
Há uma tendência de sempre vincular os vinhos brancos e espumantes aos peixes e frutos do mar. Eu acho isso balela. Se der na telha, pode acompanhar o prato com um tinto suave que não há problema.
Mas, considerando que é uma receita mais refrescante e para um dia de calor, eu seguir a linha tradicional e indicar dois vinhos brancos que bem gelados podem ser uma ótima pedida.
O primeiro é o Angelica Zapata Chardoney. Suave, perfeito para harmonizações com peixes e frutos do mar. A descrição de venda dele diz que na boca é macio, com acidez mediana e bom corpo. Vinho de boa complexidade, com boa fruta, manteiga e tostado em harmônico conjunto (eu concordo em gênero, número e grau! É exatamente isso!). De origem argentina, feito a partir de uvas colhidas no vinhedo Adrianna, em Tupungato (será que é por isso que gostei tanto dele???). O preço, no Brasil, está na faixa de R$90,00. Vale cada centavo!
Outra opção é o Paulo Laureano Premium, um vinho português com um melhor custo benefício, aproximadamente R$40,00. Mais fresco, tem descrição comercial de vinho bem equilibrado e com forte estrutura. Muito frontal e fresco na entrada e final untuoso com forte personalidade e elegância. Não experimentei ainda, mas a indicação vem de quem entende!
Bom, então essa é a dica para um almoço ou jantar para um dia ou uma noite bem quente. 
Bon apetit!
Adriana Lafetá

domingo, 16 de outubro de 2011

Trufas

Sábado passei algumas horas em casa sem luz.
O que isso tem a ver com trufas?
Bom, tem que eu resolvi passar o tempo fotografando as trufas que a minha irmã vai apresentar para os clientes da Tru’Fer nessa próxima semana.
Fotografia difícil essa!
Algumas horas tentando focar com luzes brancas e amarelas dentro de um armário claro para tentar encontrar o ângulo, a luz, enfim, a imagem perfeita. E ainda não foi dessa vez! 
Como a fotografia, que pensamos ser tão simples pode se tornar algo extremamente complexo!
Mas sabem o que foi bom? Nessa brincadeira eu fiz umas fotos que não retratam bem a trufa, verdade seja dita, mas produziram um efeito artístico muito legal!

Eu adoro esse néctar de chocolate que já faz parte, há anos, da minha vida dentro de casa.
Minha mãe começou a fazer trufas quando eu era adolescente e as colocava em lindas caixas com laços de fita milimetricamente perfeitos para presentar as amigas e colegas de trabalho no natal.
Eu sempre aproveitei essa mãe prendada e absorvi a idéia presenteando também professoras, amigas, colegas de trabalho e quem estivesse na lista de presentes.
A minha irmã aprendeu muito bem a receita e fez dela um negócio. Vendeu trufas durante muito tempo. A atividade ficou esquecida por alguns anos e agora foi retomada com força total. E dá-le caixas, fitas, laços. A casa exala chocolate!

E apesar da “corujisse”, vou ser honesta! A trufa dessas mulheres ninguém faz igual!
Dessa vez eu não vou ensinar a receita porque não sei! E mesmo porque, o que eu queria mesmo, era passar para vocês um pouquinho das características desse doce tão sutil e saboroso.
Eu fiz algumas pesquisas no oráculo (=google) e descobri que um chef patissier da corte austríaca, no fim do século XIX, ao preparar a sobremesa de banquete que estava sendo oferecido a um príncípe russo cometeu um erro de receita que deu origem a essa delícia. O sucesso da iguaria foi tamanho entre os convidados que as trufas foram consideradas como um dos doces de chocolate mais finos da gastronomia.
Apesar de não passar aqui a receita da família a vocês, em qualquer “googada” que derem, vão descobrir que o bombom é feito basicamente de chocolate, creme de leite fresco, conhaque e cacau em pó.
O nome trufa deriva da semelhança do formato do bombom feito pelo patissier austríaco com o dos cogumelos, as trufas negras, também raros e vendidos a preço de ouro em razão da dificuldade de colheita. Ela é manual e, antigamente utilizava-se porcos para identificar esses fungos na terra. Hoje os cães farejadores fazem o trabalho, já que os porcos, muitas vezes, ao encontrar os cogumelos não resistiam à tentação.
Bom, mas voltando ao chocolate, outra característica interessante do bombom que demonstra a semelhança ao cogumelo é o pó que o envolve. O cacau utilizado em volta lembra a terra que fica nos fungos. Hoje, esse cacau também possui uma outra função muito importante, que é a de manter o chocolate por um prazo maior, já que a trufa, por ter quase uma película de chocolate meio amargo em volta do recheio, não permite que o bombom dure por muito tempo, especialmente em países como o nosso, tropicais, quentes e úmidos.
Atualmente, o modo artesanal e delicado de se produzir a ganache e glaçar as trufas à semelhança dos cogumelos foi substituído por forminhas e ganhou sabores! Ou seja, o pessoal que gosta de inventar moda dentro do mundo da gastronomia transformou a ganache de chocolate para fazer recheio de bombom.  Vários deles, diga-se de passagem, muito saborosos.
Mas, então, o que se aprende com essa história é que o que se compra são bombons com recheios de ganaches variadas e não trufas! Essas continuam sendo o ouro negro da chocolataria, trabalhosas para fazer e de uma suavidade e personalidade ao paladar, que são difíceis de descrever. Mas eu vou tentar!
Ao degustar uma trufa a sensação, em camera lenta, para mim, seria mais ou menos a seguinte: o toque forte do pó de cacau é sobreposto pela fina camada de chocolate meio amargo que é quebrada para que possamos atingir a sutil e delicada ganache de chocolate que adocica e derrete dentro da boca.
Bom domingo a todos!
Contato para encomendas: Fernanda Lafetá (31) 8606-1414 fernandalafeta@gmail.com

sábado, 15 de outubro de 2011

Petisco com espumante

Para inaugurar este blog farei um primeiro artigo com as três principais idéias.
Vou indicar um petisco muito gostoso, o nome do espumante para acompanha-lo e mostrarei a foto que tirei dessa delícia e que faz parte dos meus treinos de fotografia.
Trata-se de queijo coalho, daqueles que compramos o pacote de plástico no supermercado com os palitos para fazer churrasco.
Só que este ganha uma apresentação linda!
No último feriado do dia 12 de outubro, resolvi receber um primo aqui em minha casa e fazer um almoço bem gostoso.
Eu e minha irmã prometemos elaborar o menu e ele seria o responsável pelos vinhos.
Ela se encarregou do petisco principal. Pegou o queijo coalho, cortou em cubos, passou na frigideira até ficar dourado dos quarto lados.
Jogou por cima dos cubos melado de cana e enfeitou com um raminho de alecrim. Simples demais, não é?
Para fazer charme na apresentação utilizamos aquelas colheres japonesas. 
Ficou tão lindo que eu corri para pegar meu novo xodó – a minha camera – para testar uma foto bacana. E não é que ficou legal!?
Segurei o foco na colher da frente para desfocar ligeiramente o fundo.
A minha camera ainda é semi-profissional, a chamada Bridge. É uma sony DSC-HX100V. Mas já consigo iniciar alguns efeitos. Vejam como ficou bacana.
Bom, mas voltando ao que interessa, para acompanhar essa delícia, meu primo indicou um espumante chamado Medanos Extra Brut.
De origem argentina, da região de Mendoza, é produzido através do método Charmat, e usa as uvas Chardonnay, Chenin e Semillon – brancas, secas e de médio corpo. Uma bebida de aroma frutado e coloração suavemente dourada.
Aliás, se a intenção é aprender e ensinar um pouquinho, em minhas pesquisas sobre essas uvas descobri que os vinhos elaborados a partir delas acompanham muito bem queijos brancos do tipo brie e camembert.
Nós apreciamos muito o espumante escolhido e é por isso que estou aqui fazendo essa primeira indicação a vocês. Espero que gostem! 
Meu agradecimento carinhoso a Fernanda Lafetá e João Jacques Lafetá, irmã e primo que inspiraram o primeiro artigo.
Até o próximo, em breve!
Adriana Lafetá