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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Dicas gastronômicas de Paris II

Dando continuidade às dicas de restaurantes em Paris e outras gostosuras, vou começar escrevendo sobre algumas coisas que experimentei e que são tipicamente francesas. 


Tomar uma panachè (versão francesa da cerveja Radler, originária da região da Bavaria. Composta por cerveja e soda. Muito popular na Alemanha e Áustria, principalmente no verão devido a sua refrescância).
Um pouco doce para o meu paladar, mas vale tomar uma para experimentar. 
Omelete. Ninguém faz igual aos franceses. Definitivamente foi o melhor, maior, mais fofo e saboroso que já comi!
Ecler. Grandes e bastante recheadas. Deliciosas! Não experimentei, mas ainda farei para colocar aqui no blog o croc messier, uma espécie de misto quente gratinado com queijo gruyer ou emmental por cima. Deve ser tudo de bom!

Outro item que se vê em todas as esquinas é o macaron. Ladurée e Fauchon são os mais famosos. Mas o melhor de todos, sem dúvida alguma é o Pierre Hermé. Encantadores sabores e cores que derretem na boca e nos fazem ter verdadeiro momento de prazer!
Mas voltando aos restaurantes, tem dois aqui para indicar que são fantásticos! O primeiro é o Brasserie Wepler (14 Place de Clichy 75018 Paris), que até repetimos. Um dia fomos almoçar e no outro jantar. Também famoso pelas grandes ostras, é um restaurante que apesar da especialidade em frutos do mar tudo que tem no cardápio é perfeito.



Nessa foto acima vocês podem ver que além de servir as ostras como entrada, elas também ficam em uma banca, fora do restaurante, para que quiser comprar para comer em casa. Uma entrada escandalosamente saborosa que experimente foi o gaspachio de melão. Surreal. Uma sopa fria de melão com sorvete de frutas vermelhas no meio. O sabor é realmente divino! A sopa de cebola, com bastaaaante queijo, um aroma enlouquecedor. O magret de canard perfeito. Ele ainda vinha com um pedacinho de maça por cima, dando um toque adocicado maravilhoso. O creme brule, que ao invés do maçarico, é flambado na mesa. Um espetáculo gastronômico à parte...


As carnes lá são muito boas. O coelho estava no ponto exato e o tempero sem falhas. O doce de figo com sorvete, os ovos nevados e a mousse de chocolate branco com amêndoas também foram de tirar o chapéu. Ambiente agradável, garçons educados e atenciosos. Assim como o Le Train Bleu, o Wepler é um restaurante que tem que entrar na lista de quem estiver indo a Paris.

Uma maravilhosa descoberta foi o Sorza (51 Rue Saint-Louis en l'Île 75004 Paris). Passeando na Ilha de Saint-Louis nos deparamos com esse charmoso restaurante. Pequeno, com apenas 26 lugares, 1 atendente muito simpática e educada e um chef de cozinha prá lá de bom. Porque os pratos, além de muito bem apresentados, estavam deliciosos. Lá experimentamos uma salada simples com muçarela de búfala, tomates molho pesto, suflê de queijo (perfeito) e uma beringela também divina.


Os pratos principais foram risoto de queijo e de pesto e uma lasanha frita. Todos estavam perfeitos.


Saindo do Sorza e ainda caminhando pelas ruas da Ilha de Saint-Louis fomos saborear a nossa sobresa: sorvete  Berthillon. Eu tomei gianduia com lascas de laranja e o outro de café. Quem experimentou o de frutas vermelhas e de limão também amou! Imperdível!


Por fim, Versailles... Ah... Versailles... Lá fomos ao La Flotille. Um restaurante nos jardins do Palácio que é muito charmoso, com mesas debaixo das árvores e garçons simpáticos! Experimentei um crepe de presunto e queijo que estava gostoso, mas não foi a melhor comida da minha vida. Tinha que experimentar um crepe, afinal, faz parte da culinária francesa, é tradicional. Em compensação, a sobremesa foi excelente! Um sorvete de café, com calda de café e chantilly e a outra era com sorvete e morangos inteiros e também, bastante chantilly! 


Versailles foi, sem dúvida, a visita que mais amei nesta viagem. Os jardins são de uma gradiosidade, de uma beleza que me tirou o ar. Andar pelos vários caminhos e se perder em espécies de labirintos ao som de música clássica por todo o tempo foi incrível. Alugamos uma bicicleta e tentamos desbravar um pouco mais esse lugar que é gigantesco. Queria muito ter conhecido a casa de Maria Antonieta, mas era tão longe que não conseguimos chegar a tempo de retornar para ir embora, pois lá fecha às 18:30. Andar de bicicleta naquele lugar foi a melhor experiência que tive. Especialmente porque não sou das melhores com os pedais e isso trouxe momentos hilários que com certeza farão parte do diário de viagem... Para mim é difícil até de descrever, de tão maravilhoso. O palácio, que visitamos antes do passeio nos jardins também me comoveu muito, especialmente no salão dos espelhos. Cada detalhe insculpido nas paredes, as pinturas nos tetos, em todos os lugares. Uma verdadeira enxurrada de arte e beleza. Fiquei estupefata com tudo que vi. Quando cheguei em casa minha mãe perguntou: entendeu o por quê da revolução francesa? E eu respondi: entender, entendi, mas realmente ela não foi o ponto com o qual eu me preocupei naquele passeio. Eu concordo que a história mostra uma realidade de exageros, luxos, desigualdades absurdas. Mas confesso que quando entrei ali, quando caminhei pelos jardins, minha vontade era a de não voltar nunca mais...

Para quem for a Paris recomendo passar o dia inteiro em Versailles, alugar um carrinho elétrico e conhecer todos os cantos desse imenso e maravilhoso lugar.

Bom, as melhores dicas que selecionei para vocês sobre Paris são essas. Quem for, pode seguir as indicações sem medo, apreciar e aproveitar muito. Porque tudo lá é divino!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Dicas gastronômicas de Paris

Enfim, de volta das férias, com muitas dicas maravilhosas para vocês. Esta foi uma das melhores viagens que fiz. Muitos passeios, cultura, laser e gastronomia de primeiríssima qualidade!
Hoje vou deixar aqui algumas dicas de restaurantes maravilhosos que fomos em Paris. Como foram vários, farei em dois posts. Mas também quero aproveitar para indicar o blog Conexão Paris, que tem tudo que precisamos saber, especialmente quando se trata da primeira vez em Paris.

Para começar, Léon de Bruxelles. O prato principal do restaurante é Les Moules en Cocotte à la Marineière (parece um ensopado de mexilhões marinados). Dizem que é fantástico!

Nós pedimos Les Moules à la Plancha aux fruits de la mer e comemos até não dar mais conta, de tããão bom! Os pratos além de deliciosossão fartos. Os mexilhões são diferentes dos usados na culinária brasileira, pois são retirados em alto mar. O preço é razoável, mas o atendimento não é lá essas coisas. Não sabemos se o garçom que nos atendeu estava de mau-humor no dia... mas, fora isso, adoramos!
Tem em vários lugares de Paris. Clique aqui e confira os endereços. Se você gosta de comer mexilhões, não deixe de ir ao Léon de Bruxelles.

Outro restaurante ma-ra-vi-lho-so, tanto pela comida quanto pelo charme e elegância é o Brasserie Bonfinger (7, rue de la Bastille, Paris, França). Logo antes da entrada vieram aqueles pães deliciosos. Por cima do suporte que rodeava os pães vieram as ostras. Enoooorrrmes, suculentas, incríveis! 

Éramos quatro pessoas. Os pratos foram todos bem diferentes. Um Tartare de Boeuf Charolais, salade de jeunes pousses et pommes frites (o tartare de carne é bem tradicional da França e uma delícia! A receita já está no Blog).

Um Pavé de Saumon grillé, pommes Charlotte aux olives Taggiasche et pousses d’épinards (Filé de salmão grelhado, com purê, azeitonas e espinafre) - que foi o prato que pedi e estava muito bom, com exceção do purê que estava meio complexo e com sabor um tanto diferente do meu habitual. Mas no geral o conjunto estava perfeito! Um Dos de Cabillaud sauvage cuit à la plancha, bouquet de légumes de saison et toast de tartare de tomate à l’huile d’olive (bacalhau com legumes) e um Belle Sole meunière, grillée ou vapeur, pommes à l’anglaise(sous réserve d'arrivage) (Filé de linguado com batatas grelhadas). Todos saímos muito satisfeitos. Como os prato eram bem servidos e as ostras também nos deixaram bastante satisfeitos, encerramos neste dia apenas com café, sem sobremesa. 

No restaurante que fica no último andar da Pritemps também vale a pena dar uma paradinha, nem que seja para um café. O ambiente é agradável, embaixo da cúpula deslumbrante do edifício de lojas. Lá escolhi para comer uma carne bem parecida com a nossa carne de lata. Muito boa, porção bem generosa para quem está com fome. Aliás, não teve um restaurante em Paris que serviu mini porções como a gente escuta falar por aí. Todos os pratos vinham com comida suficiente ou até além do necessário. Acho que essa história de pratos de comida francesa serem com pouco comida já ficou no passado...  Bom, mas para fechar, na Brasserie Printemps finalizamos com um autêntico creme brulee. Divino!

Chez Janou, um bistrô que fica no Marais, um dos bairros mais caros e simpáticos de Paris (2 Rue Roger Verlomme 75003 Paris). Andar por ali aos sábados é uma delícia. Esse restaurante foi indicação de um amigo muito bem vinda! A especialidade deles é o Magret de canard au romarin. Mas tive o prazer de também saborear uma entrada que era uma salada de foi gras maravilhosa. Outra entrada que também agradou bastante foi a Salade d'écrevisses, avocat, pamplemousse, o que vem a ser uma salada de uma pequena lagosta de rio (um prato super sofisticado em termos de culinária francesa.) com abacate e grapefruit. Uma mistura bastante inusitada e que fez muito sucesso. Para a sobremesa um prato enoooorme de mousse au chocolat. Uma para quatro pessoas era mais do que suficiente! E ela estava de comer rezando, como diz minha mãe.

Le Train Bleu. Um restaurante simplesmente maravilhoso que fica na Estação de Lyon (Gare de Lyon Place Louis Armand, Paris). O lugar é lindo e a comida indescritível, de tão boa! Lá vi como se faz o tartare de bouef que foi servido com batatas fritas e salada (no cardápio: Tartare de bœuf de race Charolaise préparé selon votre goût,  traditionnel ou juste poêlé, pommes frites et salade mesclun). O garçom o prepara na mesa. É fantástica a habilidade no manuseio dos garfos para misturar os ingredientes e a demonstração de simplicidade na elaboração do prato. Foi neste restaurante que comi o melhor mil folhas da minha vida! Também foram escolhidos os pratos Gigot d’agneau rôti, gratin de pommes de terre à la fourme d’Ambert (perna de cordeiro assada com batatas gratinadas) e Cœur de filet de bœuf grillé, sauce béarnaise, pomme Anna, mini courgette plancha (Coração de filé mignon grelhado, molho béarnaise, maçã e mini abobrinha grelhada). Outra sobremesa pedida e muito elogiada foi a pêra com calda de chocolate derramada na sua frente. Uma cena de dar água na boca! Para ir a este restaurante é preciso fazer reserva e cumprir rigorosamente o horário da chegada. Vale muito a pena, pois é divino!