segunda-feira, 30 de abril de 2012

A origem do brinde

Outro dia li um artigo da Carol Barros sobre a A origem do brinde.

Achei tão bacana que resolvi reproduzir as informações históricas e de etiqueta que coletou.
O brinde é um costume universal, que transcende culturas. Segundo ela algumas pessoas dizem que ele só deve ser feito com bebidas alcoólicas, outras associam a comemorações e há ainda, um terceiro grupo, das brindam sempre que tem alguma oportunidade. Mas a autora questiona aos seus leitores: afinal, quando devemos brindar? O que diz a tradição sobre o brinde?

Degustem o texto, pois é interessantíssimo!
A própria origem do brinde não é clara. Na Grécia e na Roma Antiga era muito comum a tentativa de assassinar seus inimigos por envenenamento. Para provar que a bebida que estava sendo oferecida era segura, o anfitrião colocava uma pequena quantidade da bebida do convidado em seu próprio copo e ambos ingeriam simultaneamente. Antes disso, anfitrião e convidado tocavam seus copos como um símbolo de confiança. Acredita-se que o hábito de propor “saúde” tenha essa mesma origem.
Outra possibilidade remonta também aos gregos e fenícios, que erguiam suas taças como uma oferenda simbólica aos deuses para saciar sua sede. Os romanos adotaram um hábito semelhante, onde derramavam um pouco da bebida no chão – que no Brasil se transformou no popular “dar um gole pro santo”.
Mas, qual é a etiqueta para o brinde? Devemos tocar as taças ou apenas erguê-las? E o popular “tim-tim” que alguns falam em voz alta, é errado ou podemos falar sem problema algum?
Você pode brindar à vontade, mas se quiser seguir a etiqueta, aqui algumas premissas: 
Não é considerado educado bater com um talher no copo para pedir silêncio antes de propor um brinde. 
Se houver um homenageado no brinde, ele não deve se levantar durante o brinde e deve ser o último a beber. Após todos beberem, a etiqueta diz que o homenageado deve levantar e apenas agradecer, sem discursos. 
Quando houver um anfitrião no evento é de bom tom pedir sua permissão para fazer um brinde e deixar que ele faça um primeiro, caso deseje. 
Quem propõe o brinde deve sempre estar de pé, a menos que esteja num pequeno grupo informal. 
Não se deve “atravessar a mesa” para tocar o copo das outras pessoas em um brinde. O correto é encostar o copo apenas com as pessoas que estão ao seu lado ou erguê-lo de forma calorosa sem encostar no copo de ninguém, oferecendo simbolicamente à todos. 
Ao oferecer um brinde é importante se certificar que todos estão com seus copos cheios. 
Por o copo à mesa sem beber é considerado deselegante e sugere que a pessoa não compartilha do que foi oferecido no brinde. É aconselhado que, mesmo as pessoas que não bebem, tomem um pequeno gole em sinal de respeito. 
O brinde, tradicionalmente, é feito com bebida alcoólica, mas os especialistas no assunto consideram perfeitamente aceitável brindar com água. Brindar com copo vazio é visto por muitos como algo rude ou sinônimo de má sorte. 
Não se deve complementar o discurso de brinde de uma pessoa. Se você quer dizer algo, o correto é que após o brinde ser realizado você proponha um outro brinde. 
Sobre falar “tim-tim” antes do brinde não encontrei nada específico nos guias de etiqueta internacionais, mas em algumas matérias é dito como algo redundante e pouco refinado.
Propor o brinde usando em outro idioma também não é problema. Apesar da palavra “saúde” ser a mais utilizada, em alguns países se brindam “à vida” ou se mantém tradições seculares, como na Dinamarca e na Noruega onde o brinde usa a palavra “caveira”, remontando ao costume Viking de beber cerveja no crânio de seus inimigos.
As formas mais famosas são: 
Alemanha: Prost 
Brasil e Portugal: Saúde 
Dinamarca e Noruega: Skäl (se pronuncia “Skol”, do Viking “caveira”) 
Espanha: Salud 
Estados Unidos e Inglaterra: Cheers 
França: Santé ou Salut 
Israel: I’chayim (do ídiche “à vida”) 
Itália: Salute 
Rússia: Na Zdorov (se pronuncia “Nastrovie”) 
Uma coisa é certa: brindar é muito prazeroso. Celebre sempre que possível. Cheers!

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